CALENDÁRIO DA DANÇA

Festival Internacional de Videodança Sans Souci

Imagem: Astigma de Cristiano Sousa | Sexta, 07 de Agosto de 2020 | por Curso de Dança da Unicamp |

Evento realizado pelo Grupo Dançaberta, da Unicamp, traz parceria com universidades dos EUA e dialoga com público em 14 dias de programação


O Festival Internacional de Videodança Sans Souci promove, entre os dias 10 e 24 de agosto de 2020, sua 2ª Edição Brasil, com filmes de brasileiros inscritos e atividades que contam com artistas nacionais e internacionais. O Festival Sans Souci é nascido em Boulder, no Colorado (EUA) e acontece há 17 anos em território norte-americano. Para este ano, todos os acessos e participações são gratuitos e podem ser conferidos no site oficial, em http://www.sanssoucibrasil.com

Fruto de uma parceria que surgiu em 2015, o Sans Souci, que em francês significa “sem preocupação”, recebeu 169 inscrições e terá 34 diferentes filmes em 2020. Os projetos selecionados pela curadoria reverenciam, de alguma maneira, o Brasil e suas territorialidades.

Além das mostras de trabalhos selecionados, que incluem uma sessão de vídeos produzidos durante a quarentena e uma mostra de edições infantojuvenis, o Sans Souci também traz em 2020 oficinas, mesas redondas, palestras e minicursos. Todos os eventos que forem apresentados em inglês terão tradução simultânea para o português. (Veja ao final deste texto a programação completa do evento).

O Festival Internacional de Videodança Sans Souci – 2ª Edição Brasil é uma realização do Grupo Dançaberta, vinculado à  Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Sans Souci Festival of Dance Cinema e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, através do Programa de Ação Cultural ProAC-ICMS. Ele tem patrocínio do Grupo Colorado e é realizado em parceria com a Unicamp e seu Instituto de Artes (IA), com a Universidade Estadual do Texas (EUA) e com o Alma College (EUA).

Videodança

A videodança, conta Julia Ziviani, diretora do Grupo Dançaberta, professora da Unicamp e uma das idealizadoras da Edição Brasil, não é nova, mas ainda não foi tão difundida quanto merece no meio das artes. “Ela é geralmente constituída de um vídeo mais curto, que pode variar de dois a 20 minutos”, explica. “Nesta modalidade, a dança dialoga com o movimento da câmera e com a edição para concepção e realização do filme, o que confere uma especificidade a esta linguagem. Com isso, a videodança também é uma coreografia com quem filma”.


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2ª Edição Brasil

Na edição do Festival em 2020, realizada e apresentada de forma completamente digital, os trabalhos selecionados passaram por um processo intenso de curadoria, dado o número de inscrições que, comparado à primeira edição brasileira em 2019, mais que triplicou. Nas duas mostras regulares, categorizadas entre Mostra A e Mostra B, as danças para tela foram divididas de modo a ficarem equilibradas.

Pensada de uma forma que o espectador possa assistir a mostra na íntegra de uma só vez – cada uma delas tem tempo médio de 50 a 60 minutos de duração –, as videodanças de A e B foram separadas também como forma de guiar o processo de apreciação pelo público.

Na mostra Desafio da Quarentena, a curadoria selecionou produções de até dois minutos. Nesta categoria, os artistas mostraram seus projetos desenvolvidos e finalizados durante o isolamento social causado pela pandemia do Covid-19 (coronavírus). “Estas produções são inéditas e foram editadas recentemente, mesmo que o tema, estética ou conteúdo não estivessem relacionados com a quarentena”, aponta Julia. 

A Mostra Infantojuvenil reúne oito vídeos que possuem uma aproximação maior com o público jovem. Algumas das apresentações podem conter caracterização lúdica, ou outros elementos que remetam ao universo das crianças e pré-adolescentes. No dia 10 de agosto – 1º dia de Festival –, às 14h, Rosely Conz mediará, através da ferramenta online Facebook Watch Party, um workshop com atividades guiadas, possibilitando uma mostra interativa, dinâmica e educativa para este público.


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Histórico

A 1ª edição brasileira do Festival aconteceu em maio de 2019 na Casa do Lago, na Unicamp. Essa temporada foi também a primeira coprodução do Festival com a América do Sul desde 2003, quando nasceu no Colorado (EUA). Além do Brasil, países como México e Alemanha também já realizaram suas próprias edições do evento.Julia Ziviani teve contato com a edição norte-americana do Sans Souci quando realizou seu pós-doutorado na Universidade de Boulder, em 2015. Na época, Rosely Conz, ex-integrante do grupo e hoje professora do Alma College, realizava um mestrado na mesma instituição. Por meio dela e de seu envolvimento com o Festival, Julia teve então acesso às diretoras do mesmo, Michelle Bernier e Ana Baer.

A partir destes encontros, as artistas deram vida à edição brasileira do Sans Souci, que recebeu em 2020 inscrições das cinco regiões do país. “Trazer o Sans Souci para o Brasil viabiliza a divulgação dos trabalhos artísticos que aqui são feitos e que são de excelente qualidade. Artistas nacionais e internacionais têm a possibilidade de compartilhar suas experiências através do nosso Festival”, pontua a idealizadora.


PROGRAMAÇÃO COMPLETA CLIQUE AQUI.

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Curso de Dança da Unicamp

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