Palavra da
Curadoria

Desde sua mais remota origem, a dança tem estado presente no seio da vida social de diferentes povos, nas festas, nas celebrações e nos rituais, seja no campo ou no cotidiano das cidades que mantém vivas suas tradições culturais. Da mesma forma, migrar para fora dos palcos e dos teatros tem sido um fenômeno recorrente na história da dança cênica. Como pesquisadora dedicada a esta temática, observo que estamos mais uma vez diante de uma forte corrente migratória de artistas da dança que expandem suas ações nos espaços públicos em diferentes localidades do país.

Pela extensão que a temática vem tomando na contemporaneidade da dança, optamos aqui por um recorte. Considerando o âmbito municipal do edital REDES E RUAS que viabilizou esta exposição, convidamos grupos e companhias contemplados por uma ou mais edições do Programa de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, que desenvolveram projetos artísticos de investigação, criação e apresentação no espaço urbano. São eles: ...AVOA! Núcleo Artístico, Célia Gouvêa Grupo de Dança, Cia. Artesãos do Corpo, Cia. Damas em Trânsito e os Bucaneiros, Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança, Cia. Sansacroma, Lagartixa na Janela e Núcleo Tríade.

Em pausa e movimento, em diferentes estados de presença, escuta e interlocução, esses artistas evidenciam, em suas criações e ações, a dimensão humana, dentre outras que configuram esse amplo conceito chamado espaço urbano. Como será possível observar nesta exposição, essas proposições artísticas corporificam outros modos – poéticos e sensíveis – de relação com a cidade e de convívio entre seus habitantes. E, ao fazê-lo, chamam a nossa atenção para a potência política e ética da arte de dançar.

A exposição é composta, num primeiro momento nomeado “GRUPOS & COMPANHIAS”, por vídeos com depoimentos dos diretores que falam sobre as motivações, as inquietações, os processos e métodos de trabalho de criação e pesquisa, sobre os desafios de dançar no espaço público, sobre as percepções e leituras da cidade partilhadas em suas danças. É possível, ainda, aprofundar-se no conteúdo dos vídeos consultando o Glossário do Vídeo desenvolvido pelo MUD – Museu da Dança, com breves explicações sobre artistas e movimentos artísticos mencionados pelos diretores das companhias.

Num segundo momento, sob o título “SEMELHANÇAS E SINGULARIDADES”, apresenta-se os acervos de imagens, textos e outros registros de produção dos grupos e companhias, selecionados conjuntamente pelos artistas e curadoria, distribuídos em cinco eixos curatoriais: CRIAR, PARTILHAR, AVIZINHAR, MULTIPLICAR e SEMEAR.

Num terceiro momento, apresenta-se uma seleção de imagens registradas durante a realização das ações educativas, oferecidas gratuitamente pelo MUD – Museu da Dança dentro do projeto, compostas por oficinas de dança realizadas no espaço urbano e atividades em telecentros da cidade de São Paulo.

Disponibiliza-se ainda um conjunto de referências bibliográficas para aqueles que tenham o interesse em aprofundar-se na pesquisa sobre o tema.

Estivemos movidos pela temática e alimentados pela generosidade e empenho de todos os artistas que aceitaram de pronto participar do projeto. Fomos igualmente motivados pela abrangência do edital REDES E RUAS e pelo potencial virtual do MUD - Museu da Dança, o qual oferece acesso ao público, à uma significativa parcela da história de artistas da dança em nosso país.

Esperamos que a exposição A DANÇA NO ESPAÇO URBANO, aqui trazida em falas, textos e imagens de oito grupos e companhias, possa sensibilizar o público internauta quanto a outros modos de estar e conviver na cidade de São Paulo.

GRUPOS & COMPANHIAS

Logo abaixo, você poderá acessar vídeos e textos de apresentação dos grupos e companhias que compõem esta exposição.

...AVOA
NÚCLEO ARTÍSTICO

...Avoa Núcleo Artístico

GIL GROSSI é performer e dançarino brasileiro. Desde 1985 atua como fotógrafo, professor e dançarino, desenvolvendo vários trabalhos artísticos que integram as linguagens fotografia, dança, música, vídeo e artes plásticas.

FESTIVAL INTERNACIONAL VISÕES URBANAS é um encontro artístico tendo a dança como foco principal de sua programação. Criado em 2006, pelos artistas/pesquisadores brasileiros Mirtes Calheiros e Ederson Lopes, o festival já contou com artistas de vários estados do Brasil e diversos países: Portugal, Espanha, França, Argentina, Uruguai, Turquia, EUA, Cuba, Alemanha, Bélgica e Itália. Visões Urbanas integra a rede de festivais CQD – Cidades Que Dançam - conectando São Paulo a diversas cidades: Lisboa, Barcelona, Valparaíso, Manchester, Genova, Rioi de Janeiro, Zurich, Havana, Alegrete, entre outras.

TADEUSZ KANTOR (1915-1990) foi artista plástico e diretor de teatro polonês muito influente do século XX. Seu trabalho na companhia Cricot 2, fundada em 1955, e suas teorias sobre teatro tem não somente desafiado, mas também expandido as fronteiras das formas teatrais tradicionais e não-tradicionais.

PROGRAMA VOCACIONAL DANÇA é composto pelos Projetos Artes Visuais, Música, Teatro, Dança, Vocacional Apresenta e Aldeias. Acolhe pessoas a partir de 14 anos, com a finalidade de promover a ação e a reflexão sobre a prática artística, a cidadania e a ocupação dos espaços públicos da cidade de São Paulo. Com uma equipe de coordenadores e artistas-orientadores contratados anualmente, atua preferencialmente em equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

LILIAN AMARAL é artista visual, pesquisadora e curadora independente. Realizou pós-doutorado com Bolsa PNPD da CAPES junto ao Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás e pós-doutorado em Arte, Ciência e Tecnologia pelo IA/UNESP. Doutorado e Mestrado em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atua como pesquisadora junto ao GIIP – Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergências Arte, Ciência e Tecnologia, IA-Unesp/ CNPq. É diretora do programa Museu Aberto: a cidade como museu e o museu como prática artística.

VALERIA CANO BRAVI é coordenadora do Curso de Dança da Universidade Anhembi Morumbi - Campus/Centro e docente responsável pelas disciplinas que tratam sobre a teoria da dança (Antropologia do Corpo e História da Dança) e das disciplinas que tratam da articulação prática e teórica (Metodologia de Pesquisa em Criação e Dramaturgia na dança). Desenvolveu trabalhos de orientação dramatúrgica para o Núcleo de Improvisação, dirigido por Zélia Monteiro, e Cia. Oito Nova Dança, dirigido por Lu Favoreto, além de ministrar diversos cursos na área.

MARTINELLI é um icônico edifício localizado no centro da cidade de São Paulo construído em 1929 por Giuseppe Martinelli. Com 105 metros de altura e 30 pavimentos, foi durante muito tempo o arranha céu mais alto da América Latina.

NORVAL BAITELLO JUNIOR concluiu o Doutorado em Comunicação na Freie Universität Berlin em 1987. Atualmente é professor titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi diretor da faculdade de comunicação e filosofia da PUC-SP, tendo criado os cursos de Comunicação e Artes do Corpo e Comunicação em Multimeios. Foi professor convidado das universidades de Viena, Sevilha, S. Petersburg, Autónoma de Barcelona e Évora. Livros mais recentes: “A serpente, a maçã e o holograma” (2010), “La era de la iconofagia” (Sevilha, 2008), “Flussers völlerei” (Köln, 2007), “O pensamento sentado: sobre glúteos, cadeiras e imagens” (São. Leopoldo,2012) e “Emoção e imaginação” (org) (São Paulo, 2014). Desde 2007 é coordenador da área de Comunicação e Ciências da Informação da FAPESP.

CRISTIANE PAOLI QUITO é uma diretora de artes cênicas, nascida em São Paulo no ano de1960. Projeta-se na cena teatral paulista nos anos 1990, através de seus espetáculos recheados de técnicas e referências da commedia dell'arte. Na segunda metade da década, volta-se para a dança, e desenvolve linguagem própria, voltada para a pesquisa sobre a dramaturgia do intérprete em improvisação. É professora da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/ECA/USP).

MANOEL DE BARROS (1916-2014) foi um poeta brasileiro, nascido em Cuiabá. Escreveu 18 livros de poesia, além de obras infantis e relatos autobiográficos. Recebeu diversos prêmios literários, entre os quais dois Jabutis - em 1989, com "O Guardador de Águas", e em 2002, com "O Fazedor do Amanhecer".

O …AVOA! Núcleo Artístico surgiu em 2006 como desdobramento de uma parceria artística iniciada no ano de 2000 entre Luciana Bortoletto e Gil Grossi. No núcleo, desde o início há como forte característica a dança baseada em princípios somáticos, a improvisação, a composição coreográfica que valoriza diferenças físicas e singularidades dos movimentos de cada criador-intérprete, o diálogo com a poesia haicai e as criações para espaços alternativos e públicos.

Com direção de Luciana Bortoletto, que atua também como criadora-intérprete e preparadora corporal, sob orientação de Valéria Cano Bravi (dramaturgia) e de Lilian Amaral (Geopoética dos Sentidos), o núcleo tem interesse na dança como disparadora de experiências e encontros por meio de atividades artísticas e pedagógicas. Nesta direção, promove interlocuções entre artistas e interessados em poéticas urbanas, como o GIRE (Grupos Independentes em Rede, o Corpo Coletivo Movente e o Grupo de Estudos em Dança e Poesia na Rua.

Participou como convidado no Festival Internacional Visões Urbanas, na cidade do Porto (Portugal) e na Bienal SESC de Dança (2013). Contemplado no 8o, 14o e 16o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, respectivamente, com os projetos Urgência – Cidade do avesso, Corpo Poético, Corpo Político e Entre-Espaços: Relações possíveis no encontro com a rua, o núcleo foi ainda premiado pelo SESI Dança (2007) e pelo Prêmio Denilto Gomes de Dança na categoria criação em dança solo de rua (2013).

CÉLIA GOUVÊA
GRUPO DE DANÇA

Glossário do Vídeo

Célia Gouvêa

FOMENTO À DANÇA é um programa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, instituído pela Lei nº 14.071/2005, que tem por objetivo destinar recursos para a produção, a pesquisa, a difusão e a manutenção de grupos e companhias de dança contemporânea sediadas na cidade. A cada edital do programa, são aprovados projetos artísticos que promovem o acesso de diferentes públicos e segmentos da população aos processos de criação, espetáculos, rodas de conversa, mostras, oficinas, laboratórios, palestras e outras ações voltadas à reflexão e à inclusão sociocultural.

COMMEDIA DELL’ ARTE também chamada de “Commedia All’improviso” e “Commedia a Soggetto”, é uma forma de teatro popular que surgiu na Itália no século XV e que nasceu em oposição à “comédia erudita”. Suas apresentações eram realizadas nas ruas e praças públicas. As companhias eram itinerantes e possuíam uma estrutura de esquema familiar. Ao chegarem a cada cidade, pediam permissão para se apresentar nas suas carroças ou em pequenos palcos improvisados. Os atores seguiam apenas um roteiro simplificado e tinham liberdade para  improvisar  e interagir com o público. As personagens eram fixas, como o Arlequim, a Colombina, o Pantaleão, o Capitão e o Polichinelo.

MODERNISMO foi um conjunto de movimentos culturais, nascido no início do século XX, que tinha por objetivo o rompimento com o tradicionalismo, libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário modernista a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura. A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada na cidade de São Paulo, representa o marco simbólico deste movimento. Alguns dos principais artistas: Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Anita Malfatti, Candido Portinari e Alfredo Volpi nas artes plásticas; Monteiro Lobato, Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Guimarães Rosa na literatura; Brecheret na escultura; Heitor Villa-Lobos na música; Oscar Niemayer na arquitetura, Benedito Ruy Barbosa e Nelson Rodrigues no teatro.

SITE SPECIFIC é um conceito que remonta às experiências de intervenção em espaços naturais ou urbanos nos anos 1960 e 1970. Termo emergente inicialmente nas artes visuais, alarga-se ao longo do século XX e XXI, abrigando ações e produções artísticas do teatro, da performance e da dança que acontecem, ou, são apresentadas no sítio em que foram criadas.

SURREALISMO é uma escola artística que surgiu em Paris no início do século XX, influenciada pelas teses de Sigmund Freud – criador da psicanálise - que primava pela irracionalidade, pela censura a toda atitude moderada e era marcada por uma descrença total e um negativismo radical. Teve grandes expoentes como Salvador Dalí, René Magritte nas artes plásticas e Buñuel no cinema.

MUDRA era o Centro Europeu de Aperfeiçoamento e Pesquisa dos Intérpretes do Espetáculo, situado em Bruxelas – Bélgica, dirigido pelo coreógrafo Maurice Béjart (1927-2007), que buscou a equivalência artística do procedimento polifônico, iluminado pelo visionário francês Antonin Artaud, que defendia um teatro feito de gestos, movimentos e rumores.

ANTONIN ARTAUD (1896-1948) foi um artista múltiplo -  comediante, encenador, ator e roteirista de cinema, de programas radiofônicos e de música, escritor, poeta, crítico, agitador, ensaísta, artista plástico, cenógrafo - que revolucionou concepções e práticas do teatro ao propor a integridade entre a palavra e a coisa, entre o pensamento e o gesto, entre a arte e a existência. Por conta disso, enfrentou, nos últimos anos de vida, dolorosas internações em sanatórios, onde foi tratado à base de eletrochoques.

TEATRO DE BALI os espetáculos do teatro balinês são conhecidos por misturarem dança, canto e pantomima.

ANNA HALPRIN é uma bailarina americana, nascida em 1920 e ainda em atividade. Conhecida por ser uma pioneira da dança pós-moderna, foi mestra de artistas como Trisha Brown, Yvonne Rainer, Simone Forti, Meredith Monk entre outros que estiveram diretamente envolvidos com o movimento experimental da Judson Dance Theater. Foi ainda pioneira na pesquisa da dança em suas dimensões terapêuticas de cura, assim como, também preocupou-se quanto ao potencial da dança diante de temáticas de relevância social.

TRISHA BROWN é uma bailarina e coreógrafa americana, nascida em 1936, considerada uma das fundadoras da dança pós-moderna, defensora, junto a artistas dos anos 1960 e 1970, de que qualquer tipo de movimento podia ser considerado dança. Criou obras em locais pouco convencionais, como telhados, paredes, colunas e tetos, daí sua relação com a chamada arte site specific. Criou em 1970 a Trisha Brown Dance Company, ainda em atuação.

MARIA BONOMI é uma artista plástica ítalo-brasileira, nascida em 1935 dedicada principalmente a escultura e a produção de grandes painéis para espaços públicos. É neta de Giuseppe Martinelli, construtor icônico Edifício Martinelli, situado no centro da cidade de São Paulo, que foi durante muitos anos o maior arranha céu da América Latina.

TOMIE OTHAKE (1913-2015) foi uma artista plástica nipo-brasileira considerada uma das principais representantes do abstracionismo informal, estética artística oriunda do início do século XX que não representa objetos próprios da nossa realidade concreta exterior. Ao invés disso, usa as relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representacional".

Dirigido pela coreógrafa Célia Gouvêa e pelo diretor teatral Maurice Vaneau (1926-2007), o grupo – que até 1997, chamava-se Teatro de Dança de São Paulo – estreou em 1974, com Caminhada I, II e III, um marco no desenvolvimento da dança contemporânea no país. Contando com a presença de artistas como Ruth Rachou, Thales Pan Chacon, Mara Borba, Daniela Stasi, Júlio Villan, Rui Frati, entre outros, Caminhada foi a primeira montagem apresentada no Teatro de Dança Galpão, inaugurando um ciclo de produção artística orientado à pesquisa e a experimentação multidisciplinar.

O repertório do grupo abarca cerca de 60 coreografias, destacando-se: Trem Fantasma e Outras Danças (1979), Promenade (1979), Expediente (1980), De Pernas para o Ar (1981), Assim Seja? (1984), Nikinsky (1987), Pé de Valsa (1989), A Bela Moleira (1991), Sapatas Fenólicas (1992), Pedra no Caminho (1993), Cinecoronariografia (2001), Danças em Branco (2005), Corpo Incrustado e Latrina (2006) e Massa (2007).

Contemplada pelo 1o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, a obra Corpo Incrustado, concebida para 20 bailarinos e 1 músico, implicou em uma migração de propostas de dança e teatro para o espaço urbano, no qual a arquitetura do edifício e o espaço circundante oferecem a base da criação coreográfica.

Em 2012, o grupo foi contemplado pelo 12º Edital de Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, com o projeto Décadas de Dança – preservação e compartilhamento do acervo Gouvêa-Vaneau que resultou em um site. Em 2014, Célia Gouvêa apresentou o espetáculo Alavancas e Dobradiças como convidada de honra da 8º Mostra do Fomento à Dança, que também teve em sua programação a exposição Décadas de Dança – acervo Gouvêa-Vaneau. Em 2015, em reconhecimento à sua obra, Célia Gouvêa foi indicada ao Prêmio Governador do Estado e seu grupo foi contemplado pelo 18o Edital de Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo.

CIA. ARTESÃOS
DO CORPO

Glossário do Vídeo

Cia. Artesãos do Corpo

CIDADES QUE DANÇAM foi criado em 1997 pela Associació Marató de l'Espectacle, em Barcelona. É uma rede internacional de festivais de dança contemporânea que ocupam espaços urbanos.

FESTIVAL INTERNACIONAL VISÕES URBANAS é um encontro artístico tendo a dança como foco principal de sua programação. Criado em 2006, pelos artistas/pesquisadores brasileiros Mirtes Calheiros e Ederson Lopes, o festival já contou com artistas de vários estados do Brasil e diversos países: Portugal, Espanha, França, Argentina, Uruguai, Turquia, EUA, Cuba, Alemanha, Bélgica e Itália. Visões Urbanas integra a rede de festivais CQD – Cidades Que Dançam - conectando São Paulo a diversas cidades: Lisboa, Barcelona, Valparaíso, Manchester, Genova, Rioi de Janeiro, Zurich, Havana, Alegrete, entre outras.

Criada em 1999 pela socióloga e bailarina Mirtes Calheiros, a Cia. Artesãos do Corpo é formada por bailarinos, performers, atores e pesquisadores de artes cênicas, com o objetivo de elaborar espetáculos e intervenções que provoquem a sensibilidade e a consciência do espectador para temas de interesse no mundo contemporâneo.

Utilizando o palco e locais não convencionais como espaços de atuação, a companhia desenvolve uma pesquisa focada na diluição das fronteiras entre dança-teatro-performance e na investigação urbano coreográfica dos processos de influência, alteração e diálogo entre o corpo e a cidade.

Atualmente a companhia dedica-se à pesquisa de estados físicos e meditativos que estimulem o intérprete à criação cênico-coreográfica a partir de situações de presença e sua posterior ressignificação para a cena, tendo como suporte abordagens de treinamento e percepções corporais orientais (aikido, yoga, tai chi, chi kung, sei-tai-ho). A partir desse trabalho, busca não só diluir as fronteiras entre linguagens, mas também entre arte e vida cotidiana.

Integram o seu repertório: [1] os espetáculos para palco Espasmos Urbanos (1999), Mrykaok (2001), Valparaíso (2003), Estudos Sobre o Desejo (2004), Pequeno Espaço Para Ser Eu Mesmo (2006), Esquina (2007), Duas mulheres com sombrinhas brancas o lugar da fábrica de explosivos (2008), Cordeiro (2009), Cecília (2012), Sobre o começo ou o fim (2013), Dormienti (2014); [2] os espetáculos e intervenções para espaços públicos e paisagens urbanas Olhar Urbano (1999 e 2000), Teatro na Janela (2002), Formas que o acaso e o vento dão às nuvens (2005), R.U.A relatos urbanos anônimos (2006), Cadência (2009), Verité (2009), Sedah (2011), Desnudar (2012), Quadros de uma Exposição (2012), Sr. Calvino (2013); [3] Videodança Encontro (2005), O que nasce dos escombros? (2011); [4] Documentário Dançar a rua (2012).

A Cia. Artesãos do Corpo foi contemplada no 1o, 5o, 10o e 18o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo e no PAC - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2006 e 2007). Recebeu ainda, os prêmios Estímulo à Dança da Prefeitura de São Paulo (2004), Funarte Petrobrás de Fomento à Dança (2005), Funarte de Dança Klauss Vianna (2006). Desde 2006, realiza o Festival Internacional de Dança Visões Urbanas o qual integra a rede CQD – Ciudades que Danzan.

CIA. DAMAS EM TRÂNSITO
E OS BUCANEIROS

Glossário do Vídeo

Cia. Damas em Trânsito e os Bucaneiros

CIA NOVA DANÇA 4 nasceu no Estúdio Nova Dança, em 1996, como núcleo de improvisação em dança-teatro, fruto da parceria entre Cristiane Paoli Quito (direção) e Tica Lemos (preparação corporal). Caracteriza-se pela utilização do diálogo entre diferentes linguagens, como dança, teatro, música, palavra e performance. O diálogo se dá através de estruturas narrativas não lineares e da improvisação como linguagem cênica. A Cia. utiliza edifícios e espaços urbanos como lugar de cena, articulando uma ruptura entre palco e plateia, na qual a definição entre um e outro papel não está nas delimitações espaciais, mas no “estado cênico” propondo cumplicidade com o espectador.

CRISTIANE PAOLI QUITO é uma diretora de artes cênicas, nascida em São Paulo no ano de1960. Projeta-se na cena teatral paulista nos anos 1990, através de seus espetáculos recheados de técnicas e referências da commedia dell'arte. Na segunda metade da década, volta-se para a dança, e desenvolve linguagem própria, voltada para a pesquisa sobre a dramaturgia do intérprete em improvisação. É professora da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/ECA/USP).

BMC (Body-Mind Centering) é uma abordagem integrada para a experiência transformadora através da reeducação e re-padronização do movimento. Desenvolvido por Bonnie Bainbridge Cohen, o BMC é um estudo experimental baseado na incorporação e aplicação de princípios de anatomia, fisiologia e desenvolvimento utilizando o movimento, o toque, a voz e a mente. Este estudo leva a um entendimento de como a mente se expressa através do corpo e o corpo através da mente.

IDEOKINESIS é uma abordagem da educação somática que se iniciou em 1930 entre bailarinos e profissionais de saúde nos Estados Unidos da América. Esta técnica utiliza imagens criativas visuais, relaxamento ativo e consciente para criar uma coordenação muscular refinada. Foi desenvolvida por Mabel Elsworth Todd (1880-1956) por uma necessidade pessoal ao sofrer uma lesão na coluna por conta de uma queda, da qual ela provavelmente não se recuperaria. Porém, estudando os mecanismos do corpo, percebeu que ao se concentrar em aspectos específicos da anatomia e cinesiologia, gradualmente melhorava seus movimentos corporais. Chamou esse método de postura natural.

GALERIA OLIDO é um espaço administrado pela Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo que fica na Avenida São João, no centro da cidade de São Paulo, e abriga um centro cultural desde 2004. O espaço oferece um cinema, o Cine Olido; o Centro de Dança Umberto da Silva, que oferece 01 sala de espetáculo, 03 salas de ensaio e a sala de Pesquisa e Acervo de Dança; dois andares expositivos; o Centro de Memória do Circo, um ponto de leitura e um telecentro.

A Cia. Damas em Trânsito e os Bucaneiros iniciou seus trabalhos em 2006 no Estúdio Nova Dança, referência da geração que se dedica a investigar nos anos 1990, a improvisação como possibilidade de dramaturgia para a dança.

Compartilhando esta inquietação e interesse, a companhia surgiu como um espaço de criação coletiva, no qual vem desenvolvendo continuamente, ao longo de sua trajetória, uma pesquisa sobre improvisação em dança e em música, onde esta é tanto a ferramenta no momento da criação para a descoberta das imagens, sons, movimentos, jogos e tensões que vão compor a cena, quanto o meio de construir seu discurso e dialogar com o público. O pensamento corporal está apoiado, principalmente, nos fundamentos da dança do Contato Improvisação.

Sob a direção de Alex Ratton Sanchez, e tendo como criadores-intérpretes, Carolina Callegaro, Ciro Godoy, Clara Gouvêa, Laila Padovan e Larissa Salgado, a Cia. tem se interessado muito por pesquisar como a arte, e neste caso, a arte cênica, pode ocupar os espaços públicos da cidade – ruas e praças, por exemplo –, se relacionar com eles e seus habitantes, e a partir disto, discutir as relações do indivíduo com os espaços que ele habita e com os coletivos dos quais faz parte. Assim, a companhia investiga maneiras de construir uma relação mais íntima com o público, procurando diminuir o distanciamento entre este, o artista e a obra. Compõem seu repertório, o videodança Sobre ruas e rios (2014) e os espetáculos Espaços Invisíveis (2013); Lugar do outro (2011), Duas Memórias (2010), Ponto de fuga (2008) e Puntear (2007).

A companhia foi contemplada no 6o, 9o, 11o, 13o, 15o e 17o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo e no PROAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2007, 2008, 2009 e 2012). Recebeu ainda, os prêmios Funarte de Dança Klauss Vianna (2006), Estímulo à Dança Paulista da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2008) e Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança, na categoria criação para espaços específicos pelo espetáculo Espaços Invisíveis (2013).

CIA. MARIANA MUNIZ
DE TEATRO E DANÇA

Glossário do Vídeo

Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança

HÉLIO OITICICA (1937-1980) foi um importante pintor e escultor da segunda metade do século XX no panorama artístico brasileiro com projeção internacional. Criou instalações de grandes dimensões, com a intenção de libertar-se da bidimensionalidade e desenvolver obras interativas e sensoriais, como é o caso de “Penetráveis”.

PARANGOLÉS é uma famosa obra do artista brasileiro Hélio Oiticica inspirada no envolvimento dele com o samba. Parangolé são capas, estandartes ou bandeiras coloridas que podem ser vestidas ou carregadas. Ao vesti-lo, o participante dá vida a obra.

SAMUEL BECKKET (1906-1989) foi um dramaturgo e escritos irlandês considerando muito influente no século XX e um dos fundadores do teatro do absurdo.

A Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança foi criada em 2000, em continuidade a um longo percurso de criações da artista e coreógrafa. Marcam este período, trabalhos sobre as relações entre a palavra e o movimento. Poemas dos artistas Florbela Espanca, Ferreira Gullar e Arnaldo Antunes serviram de referência, respectivamente, para a criação dos espetáculos Dantea (1999), Túfuns (2001) e Rimas do Corpo (2007), os quais encarnam conexões expressivas e múltiplas qualidades de trânsito entre dança e poesia.

Contemplada no 2o, 5o, 8o e 11o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, a companhia ampliou sua equipe de trabalho e desenvolveu um profundo processo de investigação das redes de articulação entre artes plásticas e dança contemporânea, tendo como referência o artista brasileiro Hélio Oiticica. Deste mergulho nasceram as obras Parangolés (2007), Nucleares (2009), Penetráveis (2010), Nucleares na Rua (2011) que materializam uma trajetória de pesquisa comprometida com o hibridismo de linguagens, da exploração dos limites entre as dimensões cênicas, coreográficas, dramatúrgicas, visuais e performáticas.

Com apoio do 14o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, a companhia circulou entre 2013 e 2014 pela rede pública de teatros com o espetáculo Gestos (2013), criado com apoio do PROAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e com o trabalho In-Corpo-R-Ações (2013), fruto da prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua.

Em 2015, a artista e coreógrafa Mariana Muniz foi agraciada com o 18o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo para realizar o projeto comemorativo de sua trajetória artística que prevê a circulação dos seus trabalhos solos, 2Mundos (2010) e D’Existir (2015).

CIA. SANSACROMA

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Sansacroma

PAULO FREIRE (1921-1997) foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro, considerado um dos principais pensadores da educação, não apenas em nosso país, mas, no mundo. A relevância de sua obra levou-o a receber o título de Doutor Honoris Causa por 27 universidades e, ainda prêmios como Educação para a Paz (Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (Organização dos Estados Americanos, 1992).

PARKOUR é um treino de transposição de obstáculos em ambiente urbano ou natural, como escalar muros, equilibrar em corrimãos, ou saltar sobre vãos. Também conhecido como “arte do deslocamento”, o princípio que norteia seus praticantes é mover-se de um ponto a outro do espaço da maneira mais rápida e eficiente possível, ampliando suas potencialidades sensório-motoras. Foi criado na década de 1990 por David Belle inspirado nos feitos heroicos do seu pai Raymond Belle – um guerreiro socorrista na guerra do Vietnã e herói do corpo de bombeiros de elite de Paris.

YASKARA MANZINI é bailarina e coreógrafa brasileira que foca seu trabalho nos temas: performance, processos e poéticas da cena, carnaval brasileiro, dança afro-brasileira, encenação, concepção coreográfica, história da dança, arte e comunicação, pedagogia no ensino de dança. Atualmente é Coordenadora Artístico Pedagógica do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo, diretora artística e coreógrafa da Escola de Samba X-9 Paulistana.

TEATRO DA VERTIGEM é uma companhia teatral brasileira surgida em 1991 como um projeto experimental de pesquisa de linguagem nas artes cênicas. Desde o início, o Teatro da Vertigem encontrou em seu percurso alguns elementos característicos como a utilização de espaços não convencionais da cidade, a criação de espetáculos com base no depoimento pessoal dos seus integrantes, o forte eixo investigativo que prima pela busca de um teatro construído de forma coletiva e democrática entre atores, dramaturgo e encenador - conhecido como processo colaborativo e a pesquisa sobre os processos de interferência na percepção do espectador.

A Cia. Sansacroma foi criada em 2002 pela atriz, dançarina e coreógrafa Gal Martins. Tem se dedicado a desenvolver trabalhos baseados no hibridismo característico às criações coreográficas na contemporaneidade. Sua produção artística focaliza temas pertinentes à sociedade atual, no modo em que chegam e afetam a todos diretamente, seja no cotidiano das ruas, nas relações sociais e interpessoais, na mídia ou na própria arte. A Dança da Indignação, conceito criado pela artista, norteia a pesquisa de linguagem estética da companhia, que pretende reverberar no ato dançante as indignações coletivas, numa abordagem política-poética que aponta para as intersecções entre arte e vida.

Tendo feito uma escolha singular ao atuar diretamente na periferia sul de São Paulo, este território influencia diretamente o seu processo artístico. O ponto de partida das criações são as poéticas do corpo negro, que circulam na população dessa região, a qual a companhia chama de indigenordestinafricana.

A companhia propõe uma descentralização e difusão da produção da dança contemporânea em São Paulo. Sua sede, o Ninho Sansacroma (em processo de construção), oferece para a região uma programação de espetáculos de diversas companhias e outras ações de cunho artístico-pedagógico, buscando um elo entre a produção central e a local. Articulando tais iniciativas, destaca-se o Circuito Vozes do Corpo, em sua 6aedição no ano de 2015.

Compõem o repertório da companhia os trabalhos: Negro Por Brasil (2002), Solanidade (2005), Identifique-se (2005), Orfeu Dilacerado (2006), Imagens de Um Só-lano (2006), Solano em Rascunhos (2008), Angu de Pagu (2010), Fragmentos de um Choque (2011), Lembranças de Auschwitz (2011), A Máquina de Fazer Falar (2011), Marchas (2012) e Outras portas, Outras pontes (2013).

A companhia foi contemplada no 6o, 10o, 13o, 15o e 17o Edital do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, no Programa VAI – Valorização de Iniciativa Culturais (2006), no PROART da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo (2010), no PROAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2011) e no Programa Viagem Teatral – SESI (2013). Recebeu ainda, o prêmio Funarte Procultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro - Programação de Espaços Cênicos (2010).

LAGARTIXA
NA JANELA

Glossário do Vídeo

Lagartixa na Janela

CARMEN MORAES nasceu em 1976, em São Paulo. É artista da dança e arquiteta. Investiga as relações entre o corpo em movimento e o espaço urbano e arquitetônico desde 2005. Criou em 2012 o Núcleo Aqui Mesmo, que estabelece parcerias com artistas profissionais independentes que criam com o espaço urbano.

SITE SPECIFIC é um conceito que remonta às experiências de intervenção em espaços naturais ou urbanos nos anos 1960 e 1970. Termo emergente inicialmente nas artes visuais, alarga-se ao longo do século XX e XXI, abrigando ações e produções artísticas do teatro, da performance e da dança que acontecem, ou, são apresentadas no sítio em que foram criadas.

MANOEL DE BARROS (1916-2014) foi um poeta brasileiro, nascido em Cuiabá. Escreveu 18 livros de poesia, além de obras infantis e relatos autobiográficos. Recebeu diversos prêmios literários, entre os quais dois Jabutis - em 1989, com "O Guardador de Águas", e em 2002, com "O Fazedor do Amanhecer".

Dirigido por Uxa Xavier – artista e educadora da dança – o Lagartixa na Janela existe desde 2010. Tem como proposta pesquisar o território da criação e pedagogia em dança contemporânea para crianças. Em seu percurso, o grupo, que inicialmente se reunia para a troca de experiências e práticas de aula para crianças, abriu um espaço inaugural de investigação e pesquisa de linguagem: aprofundar-se nas relações e interfaces entre a dança e o espaço urbano, tendo o universo da infância, a noção de criança performer, a contemplação ao movimento e a delicadeza como eixos de sua pesquisa.

Dimensão fundamental em seus projetos, as ações artístico-pedagógicas do Lagartixa na Janela são pautadas pela ideia de que o processo criativo e o pedagógico são indissociáveis, ambos precedendo do ato de criação e de conhecimentos específicos, sob a luz das relações entre corpo, criança, adulto e criação.

Em 2011, o grupo é contemplado pelo PROAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo para criação da performance de dança Poemas Cinéticos, a qual circulou entre 2012 e 2013, em diversos espaços públicos de municípios do Estado de São Paulo.

Em 2014, criou a performance de dança Varal de Nuvens com apoio do 15o Edital do Programa de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo. Neste projeto realizou diversas ações artístico-pedagógicas e publicou o livro Mapas para dançar em muitos lugares, material que pode ser utilizado na mediação, investigação e criação em dança. Nesse mesmo ano, o grupo se apresentou com esse trabalho no 8o Enredanza – Festival de Danza Contemporánea Infância y Juventud, em Montevideo (Uruguai). Em 2015 segue com apresentações em espaços públicos de São Paulo e outros estados brasileiros (ou do Brasil).

NÚCLEO TRÍADE

Glossário do Vídeo

Núcleo Tríade

SANDRO BORELLI é artista brasileiro e militante da dança, coreógrafo, fundador e diretor da Cia Carne Agonizante. Atualmente é presidente da Cooperativa Paulista de Dança.

KEY SAWAO é dançarina brasileira e diretora da Key Zetta e Cia.

ESTÚDIO NOVA DANÇA foi fundado em 1995 por Tica Lemos, Adriana Grechi, Lu Favoreto e Thelma Bonavita e tinha sede na Rua 13 de maio, bairro do Bixiga na cidade de São Paulo. Promoveu atividades de ensino, criação e difusão de dança, contribuindo significativamente na formação de inúmeros dançarinos e no desenvolvimento da dança contemporânea no país.

VIEWPOINTS é uma técnica de improvisação que surgiu a partir da dança pós-moderna. Os Viewpoints (pontos de vista) foram originalmente desenvolvidos pela coreógrafa Mary Overlie e expandidos e adaptados para atores pela diretora americana Anne Bogart e os integrantes da Siti Company. O treinamento de viewpoints possibilita um vocabulário comum para pensar e agir sobre movimentos e gestos. Desenvolve a articulação e precisão dos movimentos e possibilita construir a relação de um coletivo de maneira espontânea e intuitiva, gerando material criativo e movimento para o palco.

OPOVOEMPÉ é um grupo brasileiro que tem desenvolvido espetáculos e intervenções, cujo foco tem sido o ato teatral nas fronteiras entre a vida e a arte. A partir das dinâmicas da cidade, o grupo desenvolveu estratégias de relação com o cidadão em situações cotidianas.

RIMININI PROTOKOLL é um grupo de teatro alemão criado em 2003, que busca fazer encenações com uso de não atores e aproveitamento dos espaços públicos e urbanos. São normalmente mencionados como os criadores do conceito de “teatro documentário”.

MARTINELLI é um icônico edifício localizado no centro da cidade de São Paulo construído em 1929 por Giuseppe Martinelli. Com 105 metros de altura e 30 pavimentos, foi durante muito tempo o arranha céu mais alto da América Latina.

TRÍADE nasceu no ano de 2007 a partir do desejo de viabilizar projetos híbridos, colaborativos e independentes com a premissa de que o tipo de relação estabelecida entre o trabalho artístico, sua viabilização e inserção no mercado da arte estão implicadas na própria forma pela qual a arte se manifesta. Desde então, vem desenvolvendo pesquisa em dança, performance e arte urbana.

São resultantes dessa pesquisa: TRIADE Tour São Bento (2011), TRÍADE Tour Ouvirundum (2013), TRÍADE Tour Santos (2013), TRÍADE Móbile (2013) e a Série Cartocoreográfica (2014).

O núcleo foi contemplado pelo 9o e 17o Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, pelo PROAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2007 e 2011) e pelo Edital de Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural (2013). Recebeu o prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna (2011), participou como grupo convidado do Semanas de Dança do Centro Cultural São Paulo (2013), da Bienal Sesc de Dança (2013), do 1o GIRE (Grupos Independentes em Rede) e da 7a edição do projeto performáticos_inquietos_radicais, do Sesc Belenzinho (2014).

SEMELHANÇAS
E SINGULARIDADES

Após a escolha realizada pelos próprios artistas em seus acervos, em conjunto com a curadoria, foi selecionado o material que figura aqui, distribuído em cinco eixos curatoriais: CRIAR, PARTILHAR, AVIZINHAR, MULTIPLICAR e SEMEAR. O eixo CRIAR está composto por imagens do processo de trabalho, pesquisa e criação; as maneiras de dançar dos grupos e companhias, nos diferentes espaços públicos da cidade, compõe o eixo PARTILHAR; a relação entre obras, artistas e seus públicos é apresentada no eixo AVIZINHAR; no eixo MULTIPLICAR apresentam-se outras ações artísticas, culturais e/ou pedagógicas desenvolvidas por esses coletivos; e, no eixo SEMEAR, os locais por onde os grupos e companhias se apresentaram na cidade de São Paulo.

Em cada um dos eixos, na justaposição das imagens, é possível observar semelhanças, assim como singularidades entre os diferentes grupos e companhias convidados. Nos eixos CRIAR e MULTIPLICAR evidenciam-se as semelhanças e nos eixos PARTILHAR e AVIZINHAR, optamos em destacar as singularidades. Em sua navegação, você poderá encontrar outras possíveis maneiras de fruição e análise do rico material que compõe esta exposição.

CRIAR

dar existência a, gerar, originar, inventar, fomentar, produzir

Neste eixo curatorial encontram-se momentos do processo de trabalho, pesquisa e criação dos grupos e companhias. As imagens foram organizadas em três conjuntos de ações: [1] Práticas corporais, exercícios de criação e workshops com convidados, todas realizadas em sala de ensaio; [2] Reuniões de equipe, idas à campo para observação e encontros para estudo; [3] Preparação corporal, laboratórios e ensaios no espaço urbano. Destaca-se a semelhança das ações, apesar das singularidades inerentes a cada grupo.

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PARTILHAR

fazer partilha de, dividir, repartir, distribuir, participar

Neste eixo curatorial encontram-se imagens das apresentações e performances desses artistas, que revelam seus modos de dançar em diferentes espaços da cidade de São Paulo. Destaca-se a singularidade artística e estética das obras, apesar das semelhanças entre as paisagens urbanas em que acontecem.

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AVIZINHAR

aproximar, tornar vizinho, ser vizinho, estar perto de

Neste eixo curatorial encontram-se imagens que revelam relações entre obras, artistas e público. Será possível observar: momentos de intensa aproximação e intimidade; encontros com diferentes personagens que vivem e trabalham nas regiões escolhidas pelos grupos e companhias; situações de atravessamento e passagem de transeuntes; configuração de plateias dando contorno à uma apresentação; e a presença do público como coparticipante do próprio acontecimento artístico. Destaca-se a singularidade dos grupos e companhias, apesar das semelhanças na relação entre a obra e o público.

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MULTIPLICAR

fazer a multiplicação de, crescer em número, propagar-se, reproduzir-se

Neste eixo curatorial encontram-se registros das ações artísticas, pedagógicas e culturais, dirigidas a participação de diferentes públicos, que integram os projetos dos grupos e companhias. As imagens foram dispostas em quatro conjuntos de ações: [1] Rodas de conversa e palestras; [2] Workshops, oficinas e jams session; [3] Festivais e encontros que permitem o intercâmbio entre grupos e companhias; [4] Publicações, compartilhamentos e conversas com o público. Destaca-se a semelhança das ações, apesar das singularidades inerentes a cada grupo.

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SEMEAR

deitar sementes em qualquer terra, derramar, espalhar, colocar por aqui e por ali, entremear, alastrar, promover, fomentar, causar, infundir no ânimo.

Neste eixo apresenta-se um mapeamento dos locais na cidade de São Paulo por onde os grupos e as companhias apresentaram as obras aqui expostas.

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AÇÕES
EDUCATIVAS

Ações
Educativas

O programa artístico-pedagógico desenvolvido pelo MUD – Museu da Dança para o projeto buscou, na ocupação do espaço urbano, o aliado ideal para a formação de público para a dança e para a inclusão digital. Foram realizadas oficinas gratuitas de dança em 06 praças WIFI Livre, além de atividades também gratuitas em 05 telecentros da cidade de São Paulo.

As oficinas de dança foram ministradas por: Célia Gouvêa - Vão Livre do MASP, Alex Ratton - Páteo do Colégio, Jerônimo Bittencourt - Praça Roosevelt, Gal Martins - Largo da Batata e Uxa Xavier - Praça Cornélia e Praça do Pôr-do-sol.

As atividades desenvolvidas nos telecentros Biblioteca Monteiro Lobato, CEU Butantã, CEU Uirapuru, Tendal da Lapa e Unibes, consistiram em vivências corporais e aulas sobre história da dança com tour guiado pela exposição virtual.

A seguir, você poderá contemplar algumas imagens registradas durante essas ações.

INTEGRAÇÃO DO CORPO AO ESPAÇO FÍSICO
com Célia Gouvêa

Oficina realizada no Vão do MASP

A oficina propôs novos modos de habitar o espaço público, promovendo uma relação entre participantes e o ambiente, por meio de um jogo coreográfico que visou agregar os transeuntes, seguido pela proposta de amoldar o corpo a um volume presente no espaço. Da integração surgiu o movimento.

INTEGRAÇÃO DO CORPO AO ESPAÇO FÍSICO
com Célia Gouvêa

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INTEGRAÇÃO DO CORPO AO ESPAÇO FÍSICO
com Célia Gouvêa

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INTEGRAÇÃO DO CORPO AO ESPAÇO FÍSICO
com Célia Gouvêa

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PELE DE DENTRO / PELE DE FORA
com Alex Ratton

Oficina realizada no Páteo do Colégio

A oficina propôs estudos para a ampliação dos sentidos e sensibilização do corpo para a equalização do fluxo interno da energia (desejos, vontades, projeções...) com o pulso externo do ambiente (ritmo da cidade, sonoridades, interferências...), potencializando assim a expansão da presença cênica e a permeabilidade do corpo ao espaço e aos outros, criando uma maior integração entre as pessoas e o ambiente.

PELE DE DENTRO / PELE DE FORA
com Alex Ratton

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PELE DE DENTRO / PELE DE FORA
com Alex Ratton

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PELE DE DENTRO / PELE DE FORA
com Alex Ratton

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DANÇA, PARKOUR E ARQUITETURA
com Jerônimo Bittencourt

Oficina realizada na Praça Roosevelt

A investigação do silêncio, maciez, fluidez, precisão e a capacidade de se fundir com o espaço foi o eixo central da pesquisa. A oficina teve como objetivo instigar os participantes através de práticas do Parkour e da dança, para que pudessem criar novas possibilidades de se relacionar com seu corpo e o espaço, ampliando as possibilidades de relação com o entorno, trazendo à tona a dança com o espaço.

DANÇA, PARKOUR E ARQUITETURA
com Jerônimo Bittencourt

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DANÇA, PARKOUR E ARQUITETURA
com Jerônimo Bittencourt

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DANÇA, PARKOUR E ARQUITETURA
com Jerônimo Bittencourt

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A DANÇA DA INDIGNAÇÃO
com Gal Martins e Djalma Moura


Oficina realizada no Largo da Batata

A vivência proposta se constituiu em experiências coreográficas através da prática do corpo que diz seus anseios, preocupações e indignações em busca da estética de um Corpo Marginal. Esse conceito parte do princípio entre corpo e contexto e como se dá essa via comunicativa partindo de diversas inquietações e questionamentos acerca de uma inter-relação efetiva entre o fazer coreográfico e seus diversos receptores, refletindo sobre os desafios de produzir dança nas "bordas da cidade" eliminando as barreiras territoriais.

A DANÇA DA INDIGNAÇÃO
com Gal Martins e Djalma Moura

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A DANÇA DA INDIGNAÇÃO
com Gal Martins e Djalma Moura

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A DANÇA DA INDIGNAÇÃO
com Gal Martins e Djalma Moura

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DANÇA PARA CRIANÇAS
com Uxa Xavier, Bárbara Schil e Suzana Bayona

Oficinas realizadas na Praça Por do Sol em parceria com o Centro Educacional Mãe do Salvador e na Praça Cornélia em parceria com a Escola Estadual Dr. Edmundo de Carvalho

As oficinas propiciaram aos participantes (público infantil) a possibilidade de experimentar, explorar e vivenciar a linguagem da dança, tendo por objetivo sensibilizar o corpo/movimento em relação aos espaços interno/externo.

DANÇA PARA CRIANÇAS
com Uxa Xavier, Bárbara Schil e Suzana Bayona

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DANÇA PARA CRIANÇAS
com Uxa Xavier, Bárbara Schil e Suzana Bayona

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

CABALLERO, Ileana Diégues. Cenários liminares: teatralidades, performances e política. Tradução Luis Alberto Alonso e Angela Reis. Uberlândia: EDUFU, 2011. (Coleção Teoria Teatral Latino Americana; v.1)

KWON, Miwon. Um lugar após o outro: anotações sobre site-specificity. Revista October, v. 80, 1997.

LOUPPE, Laurence. Poética da dança contemporânea. Tradução de Rute Costa. 1a Edição Portuguesa. Lisboa: Orfeu Negro, 2012.

MORAIS, Carmen. A dança in situ no espaço urbano. 1a. Ed. São Paulo: Lince, 2015.

MORAIS, Carmen; TERRA, Ana (org.). Situ(ações): caderno de reflexões sobre a dança in situ. 1a. Ed. São Paulo: Lince, 2015

ROPA, Eugenia Cassini; DE ANDRADE, Milton. A dança urbana ou sobre a resiliência do espírito da dança. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, v. 2, n. 19, 2012.

ROYO, Victoria Pérez. A Bailar a La Calle: danza contemporánea, espacio publico y arquitectura. Salamanca: Ediciones Universidad Salamanca, 2008.

SÃO PAULO, Secretaria Municipal de Cultura. Fomento à dança 5 anos. Secretaria Municipal de Cultura. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 2012. 216 p.

XAVIER, Uxa (Org.). Mapas para dançar em muitos lugares. Lagartixa na janela. 1a edição. São Paulo: Editora Patuá, 2014.

FICHA TÉCNICA

Idealização e produção:
Natália Gresenberg e Talita Bretas

Curadoria:
Ana Terra

Artistas entrevistados:
Adriana Macul, Alex Ratton, Célia Gouvêa, Gal Martins, Luciana Bortoletto, Mariana Muniz, Mariana Vaz, Mirtes Calheiros e Uxa Xavier

Gravação e edição das entrevistas dos grupos/cias:
Osmar Zampieri

Assistente de câmera:
Yuki Magalhães

Gravação da entrevista da curadoria:
Ales Hart

Edição dos vídeos da curadoria e ação educativa:
Rafael Petri

Web design da exposição:
Dracco Publicidade

Assessoria de imprensa:
Bruna Carvalho

Professores das oficinas de dança nas praças wifi:
Alex Ratton, Barbara Schil, Célia Gouvêa, Djalma Moura, Gal Martins, Jerônimo Bittencourt, Suzana Bayona e Uxa Xavier

Agradecimentos:
Biblioteca Monteiro Lobato, Centro Educacional Mãe do Salvador, CEU Butantã, CEU Uirapuru, Escola Estadual Dr. Edmundo de Carvalho, MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MIS – Museu da Imagem e do Som, Núcleo de Fomento à Dança, Núcleo de Fomento às Linguagens Artísticas, Páteo do Collégio, SP Escola de Teatro, Subprefeitura da Sé, Subprefeitura de Pinheiros, Tendal da Lapa e Unibes.

Antonieta Delgado, Ariadne Barroso, Bruno Rocha, Carla Monteiro Lopes da Silva, Carolina Oliveira Santos, Dandara Gomes, Ederson Lopes, Eric Vecchione, Fabio Borges, Gil Grossi, Gustavo Ferreira, Gustavo Freiberg, Isadora Dieb, João Goto, Kéroly Gritti Fontalva, Lucas Araujo de Andrade Lima, Marcus Moreno, Marisabel Lessi de Mello, Meire R. Ferreira de Abreu, Mirtes Calheiros, Natalia Mallo, Priscila Correia, Ray Maria Moura, Sol Queiroz e Suyanne Keidel.