Corredeira

por Nave Gris Cia Cênica

Vídeo Dança | Todos os estilos de dança

Corredeira

Julho e Agosto

Dia e horário: de 29/07 a 15/08, de 29/07 a 15/08, quinta a domingo, 20h

Local: Canal do YouTube da Nave Gris (https://www.youtube.com/c/NaveGrisCiaCênica )


Lançamento de livro digital Acordar o Chão: dramaturgias em danças contemporâneas negras

Agosto

Dia e horário: 25/08/2021, 20h00

Local: Canal do YouTube da Nave Gris (https://www.youtube.com/c/NaveGrisCiaCênica )


Concebida a partir do solo homônimo dançado por Kanzelumuka, as cenas foram gravadas em diversas regiões de São Paulo, e trata das águas que correm para o mar e sua relação com o poder ancestral feminino. A temporada se inicia dia 29 de julho e se encerra com lançamento do livro Acordar o Chão: dramaturgias em danças contemporâneas negras, no dia 25 de agosto.

Todas as atividades são on-line e gratuitas


A videodança Corredeira se origina da ligação das águas ao saber ancestral do corpo feminino. Solo interpretado por Kanzelumuka, bailarina e diretora artística da Nave Gris, as imagens, captadas na cidade de São Paulo, percorrem lugares marcados pela presença das águas sob a forma de nascentes, rios visíveis e invisíveis. A temporada de Corredeira, que acontece de 29 de julho a 15 de agosto, de quinta a domingo, e o lançamento do livro Acordar o Chão: dramaturgias em danças contemporâneas negras, no dia 25 de agosto, encerram as ações de "Mãos que bordam o tempo, pés que acordam o chão", contemplado pela 27ª Edição do Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo.

O projeto contou com diversas atividades visando a difusão da produção artística da companhia e de sua atuação cultural através da circulação de seus espetáculos, Corredeira e A-VÓS, e da realização de Ações (per)Formativas que se relacionam com o veios poéticos de cada um de seus espetáculos. “Esse projeto reflete e potencializa a atuação da companhia que, desde seu princípio, tem associado transversalmente produção artística à realização de ações formativas e encontros que possibilitem espaços para a troca de saberes e experiências com outros artistas e coletivos”, ressalta Kanzelumuka.

A videodança Corredeira foi concebida a partir do solo homônimo dançado por Kanzelumuka, que estreou em 2017. O espetáculo original nasceu da percepção das águas que correm para o mar e da relação do poder ancestral ligado às águas no corpo feminino. A coreografia procura aprofundar as relações entre manifestações culturais negras em seu contexto tradicional e litúrgico e a criação em dança contemporânea. Investiga, assim, como elementos presentes nas culturas afro-brasileiras podem mover, nutrir e embasar uma produção cênica que não recorra à mimetização de suas formas, mas que compreenda seus princípios e meios de resistência e reinvenção.

Na recriação atual, diante do contexto de pandemia que impossibilitou a realização de apresentações públicas, a Nave Gris se viu no desafio de embarcar em uma outra linguagem, a videodança. Para esta versão de Corredeira, a companhia partiu da estrutura da dramaturgia original do espetáculo e manteve o propósito inicial do projeto de materializar a relação com as águas, ao estabelecer uma relação direta com espaços da cidade de São Paulo marcados pela presença de rios. Para isso, contou com o apoio de alguns coletivos e grupos, como o Coletivo Cultural Esperança Garcia, Coletivo Estopô Balaio e o Espaço Meninos da Billings, que mantêm seus fazeres, suas histórias e suas lutas nestes territórios que habitam. “Na construção da videodança Corredeira, outros artistas passam a dividir conosco a autoria da obra, como Osmar Zampieri que assina a direção de vídeo e edição. Além disso, a presença dos espaços amplifica a dimensão do movimento para além do corpo e da ação da bailarina; o espaço também dança, incorporando ao trabalho outros significados”, diz Murilo De Paula, também diretor artístico da Nave Gris e que assina a codireção e dramaturgia da obra.

A videodança foi filmada em três regiões da cidade de São Paulo: Parque Linear Cantinho do Céu às margens da Represa Billings, na sede e no entorno do Coletivo Cultural Esperança Garcia em Taipas, na Zona Noroeste, e às margens do rio Tietê, e no Jardim Romano, na Zona Leste. A gravação seguiu todos os protocolos de seguranças sanitárias.

No dia 25 de agosto, acontece o lançamento do livro Acordar o Chão: dramaturgias em danças contemporâneas negras. Os textos foram inspirados nas ações (per)formativas do projeto: GIRA - Mostra Nave Gris de Videodança e Dramaturgias em Danças Contemporâneas Negras - Gira de Debate. “Reconhecemos nestas falas públicas, que foram transcriadas em formas de artigos e ensaios, a pertinência e importância na elaboração de um pensamento crítico e poético sobre as dramaturgias produzidas para a dança, e mais especificamente para danças feitas por artistas negros(as)(es), enraizadas, referenciadas nas culturas afro diaspóricas e ameríndias”, revela Murilo de Paula.

Entre os ensaios sobre dramaturgias em danças contemporâneas negras, há textos de Carmen Luz, Renata Kabilaewatala e Kleber Lourenço. O livro também conta com um texto escrito a quatro mãos pelos organizadores da publicação Murilo De Paula e Kanzelumuka, que trata das construções dramatúrgicas nos processos criativos da Nave Gris Cia Cênica; e ainda com um ensaio, escrito em parceria entre o iluminador e técnico de luz Diogo Cardoso e a técnica de som Viviane Barbosa, que aborda as construções de sentido e narratividade da cena, no contexto da companhia, a partir da perspectiva da operação técnica, uma arte em geral sem visibilidade, mas fundamental para o resultado de um espetáculo. “A publicação traz prefácio e posfácio de dois importantes artistas, parceiros(as) da companhia, Fredyson Cunha e Deise de Brito, que com seus olhares sensíveis e atentos revelam outras camadas de nosso fazer e caminhos possíveis para trilhar”, coloca Kanzelumuka.

A publicação será lançada em 25 agosto de 2021 ao vivo através do canal do Youtube da Nave Gris e disponibilizada gratuitamente para o público em geral no site http://navegris.com.br/ .

 

Sobre a Nave Gris Cia Cênica:

A Nave Gris Cia Cênica, dirigida por Kanzelumuka e Murilo De Paula, dedica-se à pesquisa e desenvolvimento da cena como campo de pluralidade, espaço expandido e limiar entre dança e teatro. As culturas afro-brasileiras e ameríndias estão presentes no trabalho da companhia como motores na pesquisa e produção artística. A Companhia foi contemplada com o Prêmio Denilto Gomes (Projeto de Dança) pelo II Encontro Mulheres Negras na Dança, também foi indicado ao APCA Dança 2017 na categoria Projeto/Programa/Difusão/Memória. Com o espetáculo A-VÓS, um dos melhores espetáculos de dança de 2018 pelo júri do Guia Folha de São Paulo, foi indicada ao APCA 2018 na categoria Espetáculo/Estreia.

Acompanhe a circulação e Ações (per)Formativas da Nave Gris Cia. Cênica através dos canais:  http://navegris.com.br/ | www.facebook.com/navegris/ | /www.instagram.com/navegris/

Este projeto foi realizado com o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

  • De 29/07/2021 até 25/08/2021
  • Domingo: 20:00 - 21:00
  • Quarta-feira: 20:00 - 21:00
  • Quinta-feira: 20:00 - 21:00
  • Sexta-feira: 20:00 - 21:00
  • Sábado: 20:00 - 21:00
  • Entrada gratuita
  • livre
  • Website: http://navegris.com.br/
  • Local: Online
  • Endereço: Online,
  • Acessibilidade: Não